quinta-feira, 22 de julho de 2010

Arte de agora - Publicado por Jane Selma

Sandra Cinto

Sandra Cinto (Santo André SP 1968). Escultora, desenhista, pintora, gravadora e professora. Forma-se em educação artística nas Faculdades Integradas Teresa D'Ávila - Fatea, em Santo André, em 1990. Atua no Laboratório de Estudos e Criação na Pinacoteca do Estado de São Paulo e no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP. Em 2002 cria o troféu para o Prêmio Multicultural Estadão, realizado em São Paulo.
Sandra Cinto inicia sua trajetória na década de 1990, realizando representações de céus e nuvens, contidas em caixas e armários, como em Retábulo (1995). Para a crítica Lisette Lagnado, a artista cria imagens fantásticas, que apresentam afinidade com o trabalho do pintor belga René Magritte (1898-1967). Em seus desenhos, que se destacam, sobretudo, por ampliarem-se para suportes combinados de maneira pouco previsível são freqüentes escadas, pontes, abismos, candelabros, velas acesas e árvores sem folhas e frutos. Sandra Cinto apropria-se freqüentemente de fotografias, por vezes retratos seus de infância ou atuais, que são associadas a outros objetos, como esculturas de madeira que simulam livros ou camas. Como observa o historiador da arte Tadeu Chiarelli, todos esses suportes ou elementos formam um ponto de encontro e difusão de infinitas narrativas, jamais concluídas, e comumente se configuram como soluções concebidas para espaços específicos. A artista traz para sua produção a desestruturação de certos conceitos formalistas, sobretudo aquele voltado para a busca das especificidades de linguagens, aliando em seus trabalhos procedimentos diversos, como o desenho, a escultura e a fotografia. Como aponta ainda Chiarelli, em sua produção há obras em que sonho e realidade parecem coexistir em silenciosa e contraditória harmonia.

Em 2005, recebeu o Prêmio Residência, Civitella Ranieri Foundation, Umbertide, Itália. Vem expondo sua obra em todo o mundo ao longo dos últimos anos. Possui obras no acervo da Fundação Arco. Esteve presente na XXIV Bienal de São Paulo, 1998. Atua também como professora universitária e orientadora de grupos de estudo de artistas jovens no espaço Ateliê Fidalga, em São Paulo.

Da série Noites de esperança, 2005.



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